Haverá sempre algo de agradável ou de insuportável em alguém,
Porque não é solitariamente que se conclui isto. É acompanhado.
Isto é, será agradável a certo fulano aquele que couber em sua visão de agrado
E será insuportável a sicrano o que é assim para este.
Imagina, então, quando a parte que desagrada a ti é flagrada em si mesmo?
E o que não considerar a respeito do conflito interminável desse enjoo?
Porque o que se procura, normalmente, é o reflexo, ainda que este seja incômodo.
E, diante disso, conclui-se que somos sempre metades.
Já que ficamos à mercê de um apontamento do outro
E este outro é vítima de sua própria visão-meia,
Pois entra, também, no círculo de classificações alheias e incompletas.
Assim, seguimos nesta dança...
Hoje agradando este, amanhã aquele, mas nunca inteiros.
O que nos resta?
Talvez, o isolamento, consoante que, em cavernas, tudo o que te aprazer ou não,
será tão somente o fruto de sua insconstância e busca insólita do perfeito fabuloso.
Adriano Gustavo di Andrade
quarta-feira, 10 de junho de 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
O Definitivo 08/06/2009
E vinha o definitivo
Mas, qual deles o mais ferrenho?
Com lábios secos e brancos,
A multidão só fazia sussurrar...
Misto de medo e pasmo
Conquanto procuravam um abrigo pra fugir,
Andavam em círculos sobre o próprio pé.
Vinha Deus e a Morte de mãos dadas,
De forças unidas e de contratos assinados.
Um com a língua roxa, outro com o dedo em riste.
No meio da confusão e, sem saber pra quem suplicar,
Dna Antonieta, mulher despercebida feito água,
Encheu o peito de ar e coragem,
Ergueu a sobrancelha e dilatou o nariz o máximo que pode:
A urbe, diante de seu gesto, se muniu de esperança.
Deus sorriu de canto. Morte piscou de um olho só.
Mas Dna Antonieta, esta, mostrou-lhes a língua roxa e o dedo em riste.
A imagem e semelhança de nós dois.
Adriano Gustavo di Andrade
Mas, qual deles o mais ferrenho?
Com lábios secos e brancos,
A multidão só fazia sussurrar...
Misto de medo e pasmo
Conquanto procuravam um abrigo pra fugir,
Andavam em círculos sobre o próprio pé.
Vinha Deus e a Morte de mãos dadas,
De forças unidas e de contratos assinados.
Um com a língua roxa, outro com o dedo em riste.
No meio da confusão e, sem saber pra quem suplicar,
Dna Antonieta, mulher despercebida feito água,
Encheu o peito de ar e coragem,
Ergueu a sobrancelha e dilatou o nariz o máximo que pode:
A urbe, diante de seu gesto, se muniu de esperança.
Deus sorriu de canto. Morte piscou de um olho só.
Mas Dna Antonieta, esta, mostrou-lhes a língua roxa e o dedo em riste.
A imagem e semelhança de nós dois.
Adriano Gustavo di Andrade
Assinar:
Postagens (Atom)