Haverá sempre algo de agradável ou de insuportável em alguém,
Porque não é solitariamente que se conclui isto. É acompanhado.
Isto é, será agradável a certo fulano aquele que couber em sua visão de agrado
E será insuportável a sicrano o que é assim para este.
Imagina, então, quando a parte que desagrada a ti é flagrada em si mesmo?
E o que não considerar a respeito do conflito interminável desse enjoo?
Porque o que se procura, normalmente, é o reflexo, ainda que este seja incômodo.
E, diante disso, conclui-se que somos sempre metades.
Já que ficamos à mercê de um apontamento do outro
E este outro é vítima de sua própria visão-meia,
Pois entra, também, no círculo de classificações alheias e incompletas.
Assim, seguimos nesta dança...
Hoje agradando este, amanhã aquele, mas nunca inteiros.
O que nos resta?
Talvez, o isolamento, consoante que, em cavernas, tudo o que te aprazer ou não,
será tão somente o fruto de sua insconstância e busca insólita do perfeito fabuloso.
Adriano Gustavo di Andrade
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3 comentários:
Anjo,
Nos conhecemos em pouco tempo e nos tornamos amigos intensos.
Sinto mesmo a distancia sua presença, sei também que escreve expondo seus profundos sentimentos.
É muito bonito tudo que vc escreve, mesmo porque é o seu puro eu.
Saudade...mesmo a distancia serei sempre sua amiga. Sempre...
Adorei! tudo o que vc escreveu é lindo, parabéns meu amigo. Beijos na distância.
Gus,não é que é verdade?
"O que não é espelho feio lhe parece".
E lá vem a conversar de que os opostos se atraem, pode até ser... mas temporariamente, pois queremos mesmo alguém que concorde em tudo, os poucos relacionamentos que dão certo,não só de amor digo qualquer tipo, são os que respeitam de verdade a diferença. E viva a diferença!!
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