segunda-feira, 13 de julho de 2009

O que escondem estes rostos? 13/07/09

O que escondem estes rostos
Que passam por mim, nas ruas, nas casas, nos lugares todos?

Que crime oculto disfarça este seu olhar de anjo branco e cabelos limpos?
Que exaustão esta tentativa de decifrar coisa tão por trás!
Por que insisto nesta busca insólita,
Como um tecelão tenta arrancar seda de uma mosca.

Fora daqui!
Para trás esta invasão que se mascara de forte,
Mas que não passa de um caniço afogado numa enchente em Bangladesh.

E eu?
O que sou, portanto?
Assumirei a dimensão que eu quiser e não a que os embriagados de caos me obrigam.

No meio desses rostos, desses disfarces, desses sofismas todos.
Tenho que ser mais um - porque assim impera a vida...
Mas controlarei com os pés firmes a rocha que tenta me lançar
Montanha abaixo.

E quando você me olhar novamente,
Não tomarei outro caminho, senão, o da continuidade do meu brilho vital e limpo.

Cristalizo-me!


Adriano Gustavo di Andrade

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