Goela abaixo, enfiam-nos quilotons de mágoas, excrementos e injúria.
Escorre-nos uma única lágrima pela maçã do rosto.
Uma maçã que não participou do pecado da criação, embora põe-nos vermelhos em aço,
diante de uma escravidão, cuja liberdade é farta,
mas que não se pode sair...adictos eternos.
Neste ciclo de horror, há protagonistas encenando.
Um deles exibe uma face linda, um andar calmo e uma voz esguia.
O outro é a imagem do peso:
São baixos os seus olhos, tortos os lábios e travados os dentes.
Fúria...
Esgotado de um subjulgo aromático e sedoso,
Mandei-lhe voltar para a caverna que o pariu
A dar com os juízos aos morcegos
E ler nas pedras o seu futuro que não passa de uma substância fria e inóspita.
Adriano Gustavo di Andrade
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