quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Não me roce a pele. 20/11/2008

Não adianta esconder de onde você vem.
Pelo odor que te vaza,
Bem sei que não foram campos de lavanda os que você pisou e,
Depois de tê-lo feito, as flores órfãs que pereceram sob seu caminhar denunciam,
Sem voz ou palavras,
O horror de sua presença.

Para já com tanta verborragia!
O sangue vazando dela não tem lágrima nem cor.
É sepulcro puro.

Diz-me a verdade dura.
Ela há de me confortar mais do que suas mentiras doces.

Tenho tomado um remédio.
E que efeito surgido dele!!!
Apraz-me o efeito que galopa, mas não chega,
Pois, assim, sinto um pouco mais dessa dor que não abandona,
Mas que pedi no início de tudo, para não perecer em solidão.

Areia desértica quente e fria
Nunca mais roce minha pele,
Já trago urticárias que me marcam dentro
E que, por isso, não me deixam sonhar.

É chegado o tempo em que te quero aqui dentro...
Mas não te deixo entrar.

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