sábado, 18 de abril de 2009

Estrada - 18/04/2009

Madrugada na rodovia Fernão Dias. Breu só! O que consegui ver, FELIZMENTE, foram estrelas - MUITAS estrelas. E mato.
Sou morador da cidade de São Paulo, desde que me recorde disso. Vejo prédios e uma cor local cinza.
Embora ame, doentemente, esta máquina mortífera, tento mais do que nas selvas sobriver aos ventos frios e quentes, às 4 estações que acontecem durante as velozes 24 horas de um único dia nesta megalópole.
O progresso. A ordem... em nossa bandeira patrial, estes substantivos singulares, um masculino e um feminino nao condizem, há muito, com a realidade do que vivemos. Mas não é de política nem de socialismo o que intendo em dizer - estes temas estão postos em urnas funerárias por mim - quero dizer de estrelas, afinal, segundo certo poeta, ainda continuamos olhando pra elas e, comigo, não foi diferente.
As luzes da minha cidade grande me roubam tanta coisa, com a desculpa de não me deixarem roubar nada. No entanto, me tiram o fundamental: o brilho e a existência das estrelas. Que triste, não acham?
Pois é, na Fernão Dias. Breu, silêncio, matagal e Estrelas, muitas estrelas.
Fiquei feliz por não estar sózinho e porque ainda há lugares sem artificialidade de luzes que me cegam a ponto de me tirarem a consciência de que há Estrelas, ainda que não queiram.
Adriano Gustavo di Andrade

Um comentário:

merry disse...

Muitas estrelas para você amigo, se é que assim me permite dizer.
Te desejo estrelas para uma estrada iluminada que dê num lugar bem bacana e aconchegante, quem sabe num coração....