sábado, 4 de abril de 2009

Um jantar a dois - 04/04/2009

Sentados à mesa. Filho e mãe. Refeição servida.
Mamãe tinha preparado, com o melhor de seu repertório culinário e materno, aquele jantar.
O filho tinha sentido já inicialmente os diversos sabores daquele tempero ímpar.
Sua mãe adorava receber elogios por suas criações. Era só o que ela podia oferecer...
O filho, em seu ostracismo de palavras e emoções, seuqer teve coragem de estender os cumprimentos merecidos à sua mãe.

Diante desse cenário, entristeci-me.
As relações, enfraquecidas ao limite, não passam de uma continuação do que se vive num trocar de olhos nos corredores de um shopping center.
A extensão dos diálogos frígidos e das relações de casa noturna, de sexo, de risos etc. não passam de uma subcriação do inexistente para cobrir uma grande falta.

O filho tentou, ensaiou com dificuldade uma frase careca, para dizer à sua mãe.
Finalmente, vazou de sua boca vacilante: "que gostoso"!

Aquela noite foi diferente para Dna Amara.

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