quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Lamento - 19/11/09

Chorei tanto que pensei nunca mais entender as razões do simples.

Na verdade, escorreram três ou quatro lágrimas,

Contudo, elas tinham percorrido caminhos tão vastos do meu ser
Que foi horrível pari-las, entregando ao mundo, já farto disso
Uma ponta mais de dor.

Entreguei-me.

Colhi as pétalas da rosa com a qual surrou o meu futuro
Juntei as folhas do poema com o qual anulou minha ânima
Tentei recompor os cacos do telhado da casa, onde me escondia da solidão
E,
Agonizando, gemendo, tentei pairar sobre as pernas que você me tirou, quando furtou-me a ilusão de viver ao seu lado.

Mas, infelizmente, sobrou-me o ar - a respiração!
Por que?
Porque nossas almas estavam próximas, unidas,
Apesar desse intruso que persiste sem cura.
Enquanto nossos corpos estavam separados por uma atmosfera PRÁTICA
E,
Por isso,
Intransponível e indissolúvel.

Adriano Gustavo di Andrade

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