terça-feira, 10 de novembro de 2009

Soneto inebriado 10/11/2009

Beijei-lhe com tal ânsia e sede,
Que te fiz acreditar no amor fluido em minha saliva.
Esta sorvida por ti, como o antídoto ao que te condenava à solidão,
Tornou-o cativo dessa minha promessa carnal desesperada.

Cada canto do seu corpo conheceu meu tato,
Fui onde tu desejavas tanto, mas nenhum explorador se atrevia,
Ultrapassei a fronteira que separava teu corpo de tua alma e,
Por recompensa, recebi seu gozo e o desmaio da satisfação noturna e exausta.

Depois, você me sorriu
E eu ébrio, jurei-lhe amor mais que eterno:
Ofereci-lhe o amor daquele exato momento e, por isso, verdadeiro e único.

O ilimitado desse amor em mim, acontece agora,
Quando termino em palavras jamais alcançadas,
O que iniciei, enquanto sofri de amor por ti, no leito do amor inebriado.

Adriano Gustavo di Andrade

Nenhum comentário: