Não procure em mim a marca que vaza de seus olhos
Por tão sujo ser, transfere este cheiro pútrido
Esta cor denunciadora e este gesto desmascarado.
Não, não procure em meu corpo a marca que esqueceu de apagar em ti
Pois, o que traz em si é impossível que se divida comigo.
Chacal sem selva,
Larga esta caça e regurgite a carniça do passado que guardou em ti
Lance-a para o mundo, que este ainda suporta rebecer este seu ácido.
Eu guardei uma porção também.
Exalando aos poucos, nunca entorpeceu ninguém, mas marcou.
E que marca é esta que você tentar imprimir em mim feito brasa em carne...
Não, não admito.
Só não consigo fugir, mas o seu odor já não me ilude mais, porque a consciência ainda é minha.
Pobre de ti que não sabe nem o que é teu, já que deixaste tudo no passado,
Onde não se alcança mais...
E esta marca? Segure-a. Por horrível que seja é tudo o que tens.
Poderá ficar sem nada.
domingo, 5 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário